Vinha de uma época curta mas concentrada, com Portugal Divide, NorthCape4000 e Race Across Germany a meter as fichas todas de novo nas bikes, joelho aparentemente resolvido. Como há sempre alguma, tinha o ombro ainda por recuperar da queda no Divide e diferido todas as restantes provas para 2022.
Bom ambiente na saída e animação q.b. a contrariar o frio, que passou logo na 1ª subida. Longa, árida, a adaptar ao tipo de esforço, mas sem dureza de maior. Ia a respirar bastante bem comparativamente com a vizinhança mas a meter uma velinha ao esticar os gémeos e o Aquiles, pouco preparados para estas andanças.
Incrível a vista no topo do Marão, com o retransmissor. Evoluímos ao longo da crista, com os geradores eólicos por companhia, até uma descida miserável com calhaus que rodavam ao ser pisados e me iam pintalgando os tornozelos. Era só chapa…. até virar o tornozelo. Impropérios. Siga.
Passou-me ao de leve pela cabeça se era mesmo para acabar, já com o telemóvel com pouca bateria (o modo power-save falhou à séria, devia ter levado power bank) e muito tempo sem companhia, já com o sol posto. Mas, quanto mais avançava, menos sentido fazia mandar tudo às malvas. Tinha sempre que arranjar forma de voltar, conduzir de volta, viver com a sensação no dia seguinte de manhã, epa… no way. Ainda não seria desta o 1º DNF. Morde e segue.
Um enorme sentimento de felicidade por ter terminado, muita aprendizagem, mais alguma experiência e… juízo para a próxima.