quarto DIA DA RAAM

Durango!!! Cutoff passado com sucesso e com boa folga de horas

Por volta da hora de almoço o rider e a crew chegaram à tão desejada TS #15 Durango, no Colorado. A fadiga e as dores musculares foram esquecidas por momentos, dominados pela sensação de concretização e pela comemoração desta etapa importante. Bom trabalho Team Iron Pigeon!

Até Durango a manhã foi “sempre a rolar”, como nos contou a crew, com poucas paragens para uma pequena massagem, bananas e endurolytes (suplemento de eletrólitos). E também arranjaram tempo para parar numa conhecida cadeia de hambúrgueres para satisfazer um desejo do ciclista, que lhes gritou do selim “…Big-Mac! ou Pizza!”. E assim foi: sabendo que o João é um atleta de muito alimento, trouxeram 2! Repor as calorias gastas numa prova destas é uma missão difícil e sempre presente na rotina da crew. Mac&Cheese estão sempre na lista de compras do supermercado. 

 

Via Discord a crew foi sabendo sempre dos acontecimentos mais recentes e desta vez as notícias foram sobre penalizações: por motivos de não cumprimento das regras de circulação dos carros (pararem sem condições de segurança e/ou em locais onde não é permitido, fazerem caravaning atrás do rider, desrespeitarem regras de trânsito,…) foram aplicadas penalizações a várias equipas. O RAAM HQ alertou por diversas vezes, mas após reports da polícia e porque as situações continuavam a ser recorrentes, passaram dos avisos à ação. A partir daqui seriam implacáveis.

As penalizações são na prática tempo adicionado ao percurso do rider (1 ou 2H, dependendo da gravidade), o que significa que pode colocar em causa se um atleta consegue ou não finalizar a prova no tempo limite. Felizmente o nosso rider e a crew não têm penalizações até à data, estão a fazer um excelente trabalho e todos desejamos que assim continuem! 

Nota: a penalização de 9H que é visível no live tracking está explicada no post do terceiro dia da RAAM e deve-se a alterações de percurso por causas naturais.

 

Na pausa em Durango ainda houve tempo para mais umas fotos e para porem em dia os 5 min de conversa com a família e amigos que os acompanham em Portugal, onde eram 20H30. Fomos nós por cá ver as notícias e as séries do programa das noites de sexta-feira e João Pombinho e os 7 magníficos, voltaram à estrada.

No percurso até Pagosa Springs, encontraram um acidente na estrada, o que forçou a crew a tomar um caminho alternativo e deixaram de ter contacto com o rider por cerca de 15 a 20 minutos, mas quando retomaram o atalho, reencontraram-se sem grandes complicações. Como diz alguém que também faz parte desta crew (mas à distância), o universo conspirou a favor.

E eis chegado um dos momentos mais exigentes da prova, o ponto mais alto do percurso da RAAM: a subida para Wolf Creek Pass.

As previsões para os próximos km eram de vento fraco e pouca probabilidade de chuva, portanto bastante aceitáveis para a subida que se seguia. Mas sendo o ponto mais alto, com frio e neve, prepararam o equipamento do rider para essas condições em altitude: casaco, manta térmica, luvas, gorro, collants de ciclismo e mais houvesse!  Iniciaram o percurso com confiança, sabendo que seria necessária muita energia para a subida, mas também contar com a descida que se seguiria depois do cume, que tem cerca de 30 km.

A subida foi longa e dura, o rider conseguiu encontrar a motivação e a inspiração, nas paisagens deslumbrantes, nos veados que iam aparecendo nas encostas e claro, naquela força e resistência que o João Pombinho tem, que são poderosas e inspiradoras para quem o conhece e tem o privilégio de o acompanhar nestes desafios.

 

Na página oficial da RAAM no Facebook existem alguns vídeos desta passagem em Wolf Creek Pass e num deles é possível ver um grupo de raparigas (Teens Camping Tour) a fazerem um bom banzé, em forma de apoio aos ciclistas que lá vão chegando. Um dos crew chiefs de outra equipa que foi entrevistado diz, “Não sei quem elas eram, mas isto foi incrível”. Quando a nossa crew e rider lá passaram, já não estava lá este grupo, mas eles sabem fazer a festa e com certeza o momento deles não foi menos incrível: foto da praxe na placa do pico da montanha, gratidão, abraços de amizade, apoio e superação e vamos embora para baixo que aqui está frio.

Antes de trocarem a roupa do rider para a descida, ainda receberam umas palavras de elogio, de parabéns e força para continuarem, por parte de um juiz de prova que estava no topo da montanha e os viu chegar. A descida foi feita com a segunda bicicleta, por escolha do João – qual será o nome de batismo desta? Vamos ter que esperar pelo final da RAAM para ele nos dizer…

Depois de mais um dia de conquistas nesta grande aventura, o descanso estava marcado para um hotel na montanha, onde a crew e o rider decidiram fazer uma pausa para descanso um pouco mais prolongada que nos dias anteriores, para recuperar do empeno (como se diz entre ciclistas) e repor energias.

Contabilizavam 1.655 Km percorridos e estavam a pouca distância da próxima TS (South Fork). Que os ares da montanha os inspirem!

 

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